terça-feira, 25 de janeiro de 2011

# 4

imagino essa descida farta como está de felicidades
e o santo ajuda na volta à casa de mamãe oxum

arrebatou-me a visão da garrafa!

fluido se purificando
era quase possível decifrar as notas que ali naquela pedra tomada viva de dureza
o fluxo das águas jorrava pelo bocal

verti uns goles de paz súbita e sapiência

se está certo ainda que torto tanto melhor
que o descuido seja sempre um pretexto pra outra benção

sento com meus pontos alinhados
vibrando em espiral agradeço a oportunidade
olho em volta a massa viva de abrangência espectral é ruidosa
ser que espanta solidão

se ao menos houvesse aqui um amigo a mais para compartilhar

e claro
uma bruxa me toca

não impressiona dar sinal na tijuca
mas intriga saber que deslocado das gerais
não há crédito pra roamimg

-ferí?

do sorriso a enxurrada que tenta levar a excitação além
toda ela

-é um privilégio compartilhar com ti!

e há mais tempo nesses segundos

'apenas se não pensar neles

tu tudo mudo

senda e
mar

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Um comentário:

  1. fico feliz por esta partilha sensível de histórias vividas e reacridas, por esta imaginação fluida e infinita, que é a sua! muito amor, Castoreirindo!
    beijos daqui da Ferí

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