sexta-feira, 3 de agosto de 2012

baculejo

nunca me senti tão bem! acabaram de me apontar uma arma pra cabeça pela primeira vez!!! "ainda bem que era a policia né???", poderiam dizer. mas fico aqui pensando... tem que haver algo de muito errado numa sociedade para que um cano fumegante seja mirado para seu crânio pela policia e não pela "bandidagem". principalmente se aqueles te abordam como estes: fechando seu carro sem motivo, te tirando do mesmo de pernas abertas e, provocadores, sarcásticos, poderosos, interrogam seu olhar ao chão... incrível é como enternecem tão logo. ao verem acuados os frangos, dão-se às risadinhas, e se justificam com disparates do tipo: “procedências que não poderiam entender”. fazem questão de lembrar o recém caso dos civis baleados por comparsas em São Paulo, contudo. e seguimos um tanto mais ébrios que antes, nos perguntando se ao menos não deveriam ter-nos revistado? não seria do protocolo policial checar nossa ID?? e os antecedentes criminais??? e minha carteira de motorista???? não seria inclusive o caso para uma indagação sobre a embriagues????? um possível teste do bafômetro talvez?????? mas ao que parece não... eles que estavam altos. e fomos apenas um joguete nas mãos dos pobres entediados, que rindo dos insuspeitos, os liberaram como frangos não prontos para o abate. e o pior é que se eu contar que depois do blefe, na volta da carona que dava, eu ainda os vi subindo a avenida pela contramão em alta velocidade e com apenas os faroletes ligados!!! ninguém acredita... avante Brasil. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

saudação de retorno

bom dia uberlândia!

tempo seco céu aberto friozinho matinal
calor de amores e de amigos
em família entre farrinhas
ronronado madrigal!

até breve meu querido,
rio lindo de ser tal.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

frio no rio

rima mas
não combina

segunda-feira, 23 de maio de 2011

laurel

pensava em mim, pensava na mãe, na cidade nova
pensava na imensidão, em ser desconhecido nesse chão

saí em busca do caminho novo
vi pela primeira vez o recorte daquele prédio

-nunca estive aqui

andei ladeira abaixo seguindo o conselho do pivete que quis
mas não conseguiu me roubar

'cá estamos

sinto eles
e todos me sentem

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recém saído da ladeira do castro, dando a tez ao sol
estou absorto e eis que:

"castor?!"

era ela!
não lembro seu nome

surpreendeu-nos o cruzar e enternecemos com a lembrança
dos dias, das duas vezes em que me conheceu

uma no pedido descarado de carona que eu nunca teria negado
em frente à uma casa, embaixo de uma árvore
com um cigarro na mão

a troca foi boa e a sintonia evidente
pelo passe das graças meu nome ela já conhecia

é que no buteco falando de filhos
a mulher ao lado entrou na conversa e fez uma declaração anônima

a mim!

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andando lembrei que gostaria de ter escrito sobre esse encontro
quando na época ele ocorreu

no fim da ladeira lembrei da noite em que de carro passei por ali
quando um amigo me levou a um encontro

'nos sentimos

os anjos e uns e outros

quarta-feira, 11 de maio de 2011

maciota

abro a porta
fecho a porta
viro a chave

escuto meu calcanhar bater no chão
e imagino, "estarão dormindo?"

abro outra porta
piso outro chão

MIAU! (cala boca)

estão

sábado, 7 de maio de 2011

ruínas circulares




fechando o III festival de teatro ruínas circulares as performances de ana reis, castor, luana magrela, marcelle louzada e ricardim ramos, e ricardo alvarenga. centro cultural veredas, às 22 horas, praça tubal vilela 181, no centro de uberlândia

sábado, 30 de abril de 2011

crisálida









corte de seda e corpo

inverto a perspectiva comum
me insiro no íntimo entre os tecidos
componho formas reveladoras
uma visualidade tátil

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fotografias criadas para a designer de moda patrícia bonaldi
expostas no lançamento de sua coleção outono/inverno
em sua loja matriz, rua goiás 226, centro
uberlândia - mg