domingo, 10 de janeiro de 2010

são pá

de volta da velha São Paulo quase nada o velho repetiu

as novas ruas deram em ângulos de prédios com torções nunca vistas
a gigante vazia dormia antes da badalada enquanto castores andavam pela arquitetura
“roer para costruir”

troquei antes pacote de pampers por doce
é incrível como pode recompensar-se o dar por si só assim tão rápido
parei na esquina arrebatado pelo “o que fazer?” durante o tempo certo

e no encontro da virada a recorrência de um Lucas
Lúcia no céu e a influência de um olho de Shiva que não jaz,
contudo já quis

anjo, o Gabriel abria asas ao lado entendo mais do mundo
aquele que ele tinha acabado de reconhecer
o de onde as coisas são incríveis e fazem sentido

velhos amigos nas novas paradas e ternurinha de caminhos cruzados

traz luz a presença

charrlieee...

chá da manhã com Carla a travesti e um desconhecido
nada como o novo
um pouco de carinho e passeio nas ruas dos Mcs
novas trilhas de mais do mesmo

velando sempre no alto da chaminé a casa da irmã e os dejetos do cão
um Mojica das unhas largas que em nada lembra o de Cuiabá
sobrevoando pizzas girei o sol

sampa dá muito de uma vez e se agrada cansa