segunda-feira, 23 de maio de 2011

laurel

pensava em mim, pensava na mãe, na cidade nova
pensava na imensidão, em ser desconhecido nesse chão

saí em busca do caminho novo
vi pela primeira vez o recorte daquele prédio

-nunca estive aqui

andei ladeira abaixo seguindo o conselho do pivete que quis
mas não conseguiu me roubar

'cá estamos

sinto eles
e todos me sentem

---

recém saído da ladeira do castro, dando a tez ao sol
estou absorto e eis que:

"castor?!"

era ela!
não lembro seu nome

surpreendeu-nos o cruzar e enternecemos com a lembrança
dos dias, das duas vezes em que me conheceu

uma no pedido descarado de carona que eu nunca teria negado
em frente à uma casa, embaixo de uma árvore
com um cigarro na mão

a troca foi boa e a sintonia evidente
pelo passe das graças meu nome ela já conhecia

é que no buteco falando de filhos
a mulher ao lado entrou na conversa e fez uma declaração anônima

a mim!

---

andando lembrei que gostaria de ter escrito sobre esse encontro
quando na época ele ocorreu

no fim da ladeira lembrei da noite em que de carro passei por ali
quando um amigo me levou a um encontro

'nos sentimos

os anjos e uns e outros

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