sexta-feira, 30 de julho de 2010

eu não lembrava deste post

esse post é por demais indiscreto para que venha à tona sua integralidade. talvez eu deixe salvo uma parte nos rascunhos pra mim. pra que me lembre de vez em quando dos ocorridos passados. e quem sabe fazer breves correções pra deixar a memória redonda. eu adoro a idéia de alterar os posts antigos. é como se eles maturassem salobros na rede.

eu talvez possa revelar que confrontei duas leoas.


18/07/10


*eu não lembrava deste post nem escrevi nada sobre o ocorrido. não sabia do que ele falava até ler as últimas duas palavras. e é incrível como refletir sobre ele suscita questões tão paradoxais como o evento e a memória e o tempo e a interpretação. será mesmo que as coisas são assim?

...



eu talvez não deveria me delongar. encerrar meu debate ao mistério é tentador mas se posso continuar...

após dar-me conta de que o grande caso sobre o qual eu não queria mencionar, quando primeiro escrevi tais palavras, está ainda em aberto pensei: teria sido presunçoso de minha parte escrever qualquer coisa sobre ele mesmo que eu as mantivesse apenas em meus rascunhos? e poderão ser presunçosas essas palavras por estarem sendo redigidas enquanto os eventos ainda tomam curso? mas se há a possibilidade, por que não fazê-lo. porque não refazê-los.

vejam o que quero dizer com um exemplo.

suponhamos você tenha inadvertidamente levado uma pessoa à casa de outra. essas pessoas não se conheciam, mas estavam relacionadas por uma outra pessoa em comum. um amor que encantou as duas. e digamos que por mais banal que tenha sido tal encontro ele deflagrou situações um tanto extremas, que pareciam até desastrosas e levaram pessoas a sofrer.

e eis que agora dado o devido lapso no tempo, depois de passar pelo crivo de todas as vociferações e perspectivas, depois de passar pela análise unilateral de uma informação distorcida vinda de um intriga e afe! todos os mais da canseira das picuinhas. eis que o mesmo inadvertido ato a leva a sorrir e explodir corações nos ares enquanto fala... por enquanto é claro.

desnecessário seria dizer que desejamos todos para todos e os amigos sempre do mais de melhor e tudo e tal, mas convém ser realista. a fatalidade do começo de algo é seu fim. mesmo que dure muito, e que dure!


-pois lourdinha barbosa já dizia que os eventos são quase sempre os mesmo. e nesse caso eu tomo emprestado as palavras sempre mesmas, ou quase, pra dizer algo que estou pensando e que pode ser o mesmo que alguém está pensando ou venha a pensar; e que ainda um outro alguém pode estar pensando o contrário ou discordando apenas em partes mas com uma possível tendência a enfim... estou pensando na possibilidade de que todos eventos sejam bons e ruins. se quisermos usar palavras totalizadoras. e de que eles realmente tenham acontecido de todas as maneiras interpretadas de acordo com cada perspectiva enquanto ele é processado nas cabeças e pelo tempo. e que as perspectivas mudam sempre para que se possa experimentar um todo maior do que uma parte. e quem sabe assim extrair do acontecimento a experiência ou um conceito da verdade. ou que apenas se possa senti-la. ou que ela se processe pelos trovões do inconsciente-


por hora os eventos ainda estão em curso e não ouso julgar-me culpado por algo que me escapa ao controle. sigo então com a impressão de que certos eventos podem ter uma função expiatória. e que cabe a mim deflagra-los.

pois que eles aconteçam, maturem e sejam muito bem interpretados!


...

Um comentário:

  1. gostei disto:
    adoro a idéia de alterar os posts antigos. é como se eles maturassem salobros na rede.

    faço o mesmo.

    um abraço afetuoso Castor

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