minha mãe achou em sua gaveta um baiacu
eu o ganhei como um ato de ternura
e o perdi sem dar falta.
é que talvez, de tão cheio de querê-la
tenha me tornado grande demais pra abocanhar...
eu vestia na camiseta um polvo,
achei que o baiacu ornaria bem
e saí a convite dela pra comprar um presente.
imagina o tamanho da surpresa
vê-la levar-me ao encontro daquele que de baiacu me encheu...
surpresa nenhuma, a vida tem dessas.
poderia eu ter ficado consternado, intrigado ou surpreso
o fato é que estou deveras acostumado
outra falta de coincidência banal.
mais tarde no mesmo dia eu ficaria realmente abalado.
escreversobreefeitoadocicadopodesertãoconfusoeesclarecedorquantoseestasobretalefeitoecascoisasvãoacontecendocheiasdeaparentemaiorsignificadoederepentedeumladoseuocomeçodoseupassadopersonificadonumapresençaedeoutroopassadorecentepersonifcadoemoutraoquemelevouafocarmenomeupresenteeemmimlutandocontraatendenciadeabsorvercomamaiorfulgoroambienteexpandirmeporentreeleparaabsorvertudooquepodemedarcomonumaascençãopretensamentecósmicaesendoassimacerqueimedomenorângulodevisãoedanceitãofocadoemimnoqueeunãoqueriaveroupensarqueinduzimeaacreditarquerelamentestavanoutrolugare só.
mas um feminino rosto louro de feições conhecidas
buscando incessante meu fitar
arrancou-me de mim.
trazia com ela água para encher-me baiacu...
segunda-feira, 15 de março de 2010
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que texto delícia de ler cast!
ResponderExcluire isso aqui:
é que talvez, de tão cheio de querê-la
tenha me tornado grande demais pra abocanhar...
me fez tanto sentido!
:)
:*
Baiacowski!
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