pelos rádios fardados:
-tem uma garota vestida de laranja indo pra cachoeira...
-entendido.
-ela está sozinha, bom pregar o olho.
-...
passeava eu com orelhas ao lado
e súbito soube que era ela e lá
vago a procurar entre o verde
pendem olorosas as ásperas jácas
magenta no chão é manto de flores
surge pequena com cara sapeca
entende ou estranha o olhar
cumprimenta piscando
e vai...
dissimulando o interesse sigo caminho contrário
marco bem o rumo num ponto geográfico
adentro a gruta me estarreço a pingar
sobem calafrios nos calcários cones
sopra na orelha o hálito húmido
a terra sinto baforar
sim
era ela
e ela tinha
me deixo ir lá
fumava sentada na rocha milenar
de perto o guarda vigia era quase costas
sulcava fresca água pelo baixo corcovado
a seta trilhava o caminho redentor
fixei a informação e fui
trocamos usamos ficamos banhamos e a voar andamos com poder sobre o laje
vestia eu na camiseta um coelho
e tinha pouco antes farejado um trabalho
ela chamada alice e ainda também worcman
assim mesmo sem cá
fui eu astor
à caçar